




Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Eduardo Alves da Costa
No caminho, com Maiakovski
5 comentários:
Pelo jeito tinha mais faixas que cansados...
Sim, essa é a primeira manifestação de faixas que eu vi na vida. Abs, Hals.
Boa Hals, até agora, não tinha visto foto da manifestação porto-alegrense.
O que importava mesmo era a faixa, as pessoas eram meras coadjuvantes. (Eugênio)
Rapaiiizzz! Quanto cansaço! Cansaram tanto que nem foram...
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