sexta-feira, 1 de junho de 2007

Skavurska



Imaginem a cena:

Toca o telefone e um atendente do VIRTUA, gentilmente diz:

- Boa Tarde. O senhor é assinante do VIRTUA e constatamos que o senhor excedeu sua cota de download/upload em 17GB. Sua cota é de 20GB/mês. O senhor pode adquirir um upgrade de mais 20GB da cota de dowload/upload por mais R$ 40 reais na sua conta. Ou fazer um upgrade para a velocidade de 4MB, com cota de download/upload de 40GB, isso com o acréscimo de R$ 19,00.

- Não tem como pagar o excesso da cota? - Pergunto eu.

- Essa possibilidade não existe. O senhor pode optar por uma das opções acima ou então, de acordo com o contrato (aí a porca torçe o rabo porque, na maioria das vezes, e essa prática se tornou comum para as prestadoras de serviço, de um modo geral, as adesões são feitas por telefone, recheadas de gerúndios) sua velocidade será reduzida para 300KB.

- Bem, então com isso irá diminuir o valor da assinatura, certo? - Raciocino eu.

- Não senhor!

No frigir dos ovos acabei migrando para os 4MB e acabei de ligar para o atendimento da NET e pedi uma cópia do contrato do VIRTUA. Anotem aí: 01/06/2007.

O diálogo foi mais ou menos esse. Claro que eu sabia desse limite mensal de transferência de dados assim como também sabia que a NET ainda não tinha implementado o sistema de medição dessa transferência, possibilitando assim aquela putaria de downloads desenfreada. O que choca é a imposição de apenas 3 possibilidades. Isso é, literalmente, uma extorsão ou melhor, o seqüestro completo da liberdade do consumidor.

A grande mídia, através da propaganda, apregoa a importância da liberdade de consumo. Mas essa liberdade acaba no momento em que o contrato é firmado (de forma etérea, diga-se de passagem).

Aguardem o desenrolar da novela.


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